Vacinação e otimismo na economia apontam para boom do turismo no segundo semestre
*Por Claudio Cordeiro, diretor de Hospitalidade da TOTVS
Nos aproximando da metade do ano de 2021, temos acompanhado um avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo, o que certamente é um fator preponderante para a retomada da economia. Algumas nações com mais de 60% da população vacinada, caso de Israel, ou que estão com uma média alta de imunizações, como os Estados Unidos com mais de 3 milhões de doses aplicadas diariamente, aumentam a esperança de retorno a uma normalidade. Somado ao desejo reprimido da população de viajar, o setor de turismo e hospitalidade já começa a reaquecer e, no segundo semestre, pode esperar um verdadeiro “boom” de viajantes.
Segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global deve crescer 6% neste ano. Levando em consideração somente a América Latina, que teve retração de 7% em 2020, a expectativa é de uma alta de 4,6%. No Brasil, por sua vez, a economia brasileira deve apresentar uma alta de 3,7%, em contraste com a queda de 4,1% do ano passado.
Os números apontando o avanço na vacinação ao redor do mundo e a boa perspectiva para o cenário econômico mundial trazem um alento para o turismo, setor gravemente afetado pela crise causada pela pandemia. Um estudo da Organização Mundial do Turismo (OMT) apontou dois cenários no que diz respeito à retomada das viagens internacionais no segundo semestre de 2021: no mais pessimista, a expectativa é de um crescimento de 22% na comparação com o mesmo período de 2020. E na visão mais otimista, a entidade vê a possibilidade de 66% de aumento em viagens internacionais nos últimos seis meses de 2021. Em ambos os casos, uma coisa é certa: a expectativa é de alta.
Para lidar com uma quantidade avassaladora de hóspedes no segundo semestre, se torna essencial para a produtividade do setor o investimento em soluções que permitam potencializar a demanda, ou seja, que todos os benefícios desse momento sejam extraídos ao máximo. Isso significa que os hoteleiros que ainda não buscaram se preparar para esse período precisam agir imediatamente, apostando em ferramentas de automação que reduzam os custos e otimizem processos, aumentando a margem de lucro dos hotéis e colhendo os frutos de um investimento em tecnologia.
Ter uma gestão hoteleira que foque em promover uma operação eficiente, com processos bem organizados e focada em oferecer a melhor experiência para o hóspede será fundamental para que o setor aproveite o bom momento que está por vir.
Está chegando a hora de voltar a procurar lugares para viajar e se hospedar, o que também abre perspectivas promissoras para o mercado de trabalho. A tendência é que agências de viagens, hotéis, restaurantes, locadoras de automóveis, locais turísticos e todos os diversos outros negócios movimentados pela indústria turística, que tiveram que dispensar funcionários ou parar os trabalhos, voltem a contratar e atuar como antes.
Já enxergamos exemplos ao redor do mundo de como a retomada do setor hoteleiro e do turismo impacta a retomada de toda a economia dos países. E ainda que um pouco atrás neste cenário, este é o momento ideal para o Brasil se espelhar nos bons exemplos e se preparar para colocar nosso aclamado turismo nacional de volta ao prumo, investido em tecnologia, otimizando processos e podendo atrair novamente os tão valiosos hóspedes.
A TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil, anuncia a criação de uma nova companhia dedicada ao segmento de serviços financeiros. A empresa, que fará parte do grupo TOTVS mas com management renovado e com total autonomia, nasce do carve-out da atual operação da TFS (TOTVS Financial Services) e ganhará uma sócia de peso, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, a principal infraestrutura de mercado financeiro brasileiro, que fará um aporte primário de R$ 600 milhões e passará a deter 37,5% da nova empresa. A transação avalia o equity da nova companhia em R$ 1,6 bilhão.
A TFS é uma das líderes em soluções de tecnologia para o segmento de serviços financeiros no Brasil, oferecendo um amplo portfólio que inclui a maior plataforma para processamento e controle de middle e back offices de fundos de investimentos do país, uma plataforma de core banking para processamento de produtos financeiros de pequenos e médios bancos, além de uma plataforma de processamento e gestão para administradoras de cartões private label. Durante os últimos anos, a operação da TFS, que conta com um time de 400 colaboradores, apresentou uma sólida trajetória de crescimento e rentabilidade, com receita líquida realizada no ano de 2020 de aproximadamente R$140 milhões.
”Temos buscado caminhos criativos para gerar ainda mais valor a nossos stakeholders e construído novas avenidas de crescimento, seja por meio da venda de operações que não estejam mais alinhadas à nossa estratégia, seja pela criação de joint-ventures, aquisições em diferentes segmentos e portes, investimento contínuo em inovação orgânica e, agora, pelo primeiro carve-out de uma operação com alto potencial de crescimento. Fazer isso em parceria com a B3, que tem inquestionável track record e credibilidade na construção e operação de plataformas tecnológicas críticas para o setor financeiro, nos honra e indica o enorme potencial dessa oportunidade.”, comenta Dennis Herszkowicz, CEO da TOTVS.
Em sua nova configuração, a nova TFS pretende realizar aquisições e parcerias, além da implementação do seu plano de desenvolvimento orgânico, para gerar um portfólio ainda mais amplo, endereçando as diferentes demandas desse mercado e contribuindo para a eficiência de seus clientes.
“O setor financeiro está em plena transformação, com inovações e maior sofisticação demandando mais agilidade e foco no cliente. A B3, como parceira nessa jornada, busca formas de expandir sua presença em áreas adjacentes ao nosso negócio principal, nas quais encontre alto potencial de crescimento e possa agregar valor, aprofundando vínculos e proximidade no dia a dia com todos os clientes. A escolha da TOTVS, a mais destacada empresa brasileira de software, como sócia, fortalece a capacidade de sucesso em um mercado competitivo e que requer competências complementares às que a B3 desenvolveu”, destaca Gilson Finkelsztain, CEO da B3.
A companhia terá como CEO da operação Denis Piovezan, ex-vice-presidente da Linx, responsável pela idealização e lançamento da Linx Pay Hub, com passagens pelo Banco Ibi (Serviços Financeiros de Varejo da C&A), WalMart, Losango (Financiamento ao Consumidor do HSBC), Smiles e Banco Plural.
“Autonomia na gestão e um plano ambicioso focado nos clientes, são os ingredientes principais dessa nova etapa da TFS. O suporte e experiência da TOTVS e da B3 trazem robustez e segurança para a nova operação. O objetivo é atingir um crescimento acelerado e, futuramente, buscar o IPO” afirma Denis Piovezan.
O ingresso da B3 como sócia da TOTVS na nova companhia depende da aprovação das autoridades concorrenciais brasileiras, da CVM e da verificação de outras condições usuais para esse tipo de negócio. A TOTVS e a B3 manterão o mercado informado dos desdobramentos relevantes.